Sambucus nigra – Sabugueiro

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Smilax aspera – Salsaparrilha
17 Abril 2016

Sabugueiro

 

Família: ADOXACEAE

Nome científico: Sambucus nigra L.

Publicação: 1753

Grupo: folhosa caduca

Nomes vernáculos: sabugueiro, sabugo, candeleiro, bieiteiro, galacrista, canineiro, sabugueiro-negro, sabugueiro-preto, flor-de-sabugueiro, rosa-de-bem-fazer

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Hábito: grande arbusto caducifólio, por vezes com porte arborescente, até 5 metros de altura ou mais, muito ramificado, de copa densa, arredondada; irregular ou inclinado, caules ocos e frágeis com ritidoma verrugoso, cinzento-acastanhado, ramos e galhos fracos e quebradiços, primeiro verdes com lenticelas, depois acinzentados de medula esbranquiçada e esponjosa.

 

 

Folhas: pecioladas, opostas, compostas, imparipinuladas, com 5-7 folíolos serrados, quase sésseis, ovado-lanceolados a ovado-elípticos, acuminadas e pubescentes na página inferior.

Flores: grandes inflorescências corimbiformes erguidas, planas, constituídas por pequenas e numerosas flores regulares, hermafroditas, brancas ou creme, muito perfumadas. A corola possui 5 pétalas, 5 sépalas e 5 estames com anteras amarelas, inseridos na base da corola, 3 carpelos e estigmas sésseis.

Floração de Março a Junho.

Frutos: agrupados em corimbos pendentes, o fruto é uma baga globosa, sumarenta, carnuda, verde primeiro, torna-se vermelha a roxo e preto intenso lustroso quando madura, com 3 a 5 sementes cada. Comestíveis unicamente se maduras.

Maturação do fruto a partir de Agosto.

Gomos: opostos, pequenos, ovóide-agudos, com 3 a 4 escamas acastanhadas.

Ritidoma: ritidoma lenticelado, de cor pardo escuro; com o tempo fica gretado, grosso com sulcos longitudinais.

 

Habitat: planta que aprecia a meia-luz; comum em galerias ripícolas, sebes húmidas, baldios, orlas de bosques e matas de terreno fértil. Prefere solos profundos e frescos, tolera no entanto, solos secos de todo o tipo.

Ocorre até 1600 m de altitude.

Atinge a maturidade por volta dos 3-5 anos e vive até aos 50 anos e mais.

Propagação: propaga-se por semente, por estaca, renova bem pelo cepo.

 

Distribuição geográfica: espécie nativa da Europa, (ausente no extremo setentrional), da Ásia e do Noroeste de África.

Em Portugal: é espontânea em todo o País, rara no Algarve, mas presente nas ilhas atlânticas.

 

Usos: essencialmente silvestre, o sabugueiro é utilizado na constituição natural ou não de sebes, como ornamental nos jardins, devido à beleza, primeiro das aromáticas flores, depois dos frutos muito procurados por aves que dispersam as sementes.

Robusto, suporta bem a poda e regenera facilmente pela base, sendo um dos arbusto pioneiros no restabelecimento de áreas florestais.

Madeira dura, mas quebradiça, não tem utilização conhecida.

 

Em tempos idos, as bagas do sabugueiro eram utilizadas para corar e falsificar o vinho. Só os frutos maduros (bem pretos), ricos em vitamina C, são comestíveis em sobremesa e doces, mas retirar primeiro, as sementes tóxicas.

Resiste à poluição urbana.

 

a denominação do sabugueiro “baga do Varosa”

Nas últimas décadas, o sabugueiro tem vindo a ser cultivado no Douro Sul (Tarouca, Lamego, Armamar, Tabuaço e Moimenta da Beira), sob “denominação” baga do Varosa. Os 850 agricultores durienses, com uma superfície hoje de 700 hectares de agricultura sustentável, fornecem o essencial das 3500 toneladas de bagas biológicas a um grande industrial alemão de sumos concentrados.

 

O Sabugueiro-da-Madeira

Existe um outro sabugueiro no nosso território, tratase do sabugueiro madeirense (Sambucus lanceolata). Possui porte arbustivo ou arborescente; é endémico da ilha da Madeira. Espécie rara, distribui-se junto das linhas de água no interior da Laurissilva, até 1100 m e em jardins particulares nas zonas mais altas da ilha. Clique aqui para ver a ficha do sabugueiro madeirense.

 

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