Coronilla glauca – Pascoinhas

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Celtis australis – Lódão-bastardo, Agreira
10 Abril 2016
Corylus avellana – Aveleira
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Pascoinhas

 

Família: FABACEAE

Nome científico: Coronilla glauca L.

Publicação: 1755

Grupo: folhosa perene

Nomes vernáculos: pascoinhas, serra-do-reino, sena-do-reino

 

Hábito: pequeno arbusto perenifólio, com folhagem verde glauca, lenhoso podendo atingir 2 m, com caule erecto, muito ramificado, dividido em numerosos ramos flexuosos castanho-acinzentados, raminhos delgados, cilíndricos flexíveis, glabros com entrenós curtos.

 

Folhas: persistentes, verde glauco, pecioladas, alternas, compostas, imparipinuladas com 1 a 3 pares de folíolos obovados até 2,5 cm, acunheados na base e truncados no ápice mas apiculados, sendo geralmente o terminal maior que os laterais.

Flores: abundante floração amarela de Março a Julho. As flores hermafroditas, perfumadas, de forma papilionácea, curtamente pediceladas, agrupadas em cimeiras umbeliformes simples de 4 a 13 peças, com pedúnculo 1-2 vezes superior ao das folhas e ligeiramente pendentes, (disposição que forma uma coroa, o que ocasionou o nome “coronilla”). O cálice, campanulado, bilabiado de lábio inferior tripartido; corola com estandarte até 1 cm; gineceu sincárpico; androceu com 10 estames.

Frutos: lomento, de contorno cilíndrico de 1 a 5 cm de comprimento, glabro, estreito, pendente, castanho; articulados em 1 a 8 segmentos que se separam facilmente.

Gomos:

Ritidoma: glabro, castanho-acinzentado.

 

Habitat: planta de plena luz que suporta o ensombramento, prospera de preferência em solos calcários, argilosos, pedregosos e soalheiros. Boa adaptação à seca, planta xerófila. Surge nas margens dos campos, matos, baldios e à beira de caminhos e estradas.

Ocorre até altitudes de 500 m. Boa resistência à poluição.

Propagação: por semente ou por rebentos.

Distribuição geográfica: endémica em quase toda a região mediterrânica ocidental e central, Grécia, Croácia, Itália, França, Espanha, Portugal, Argélia e Marrocos.

Em Portugal: distribui-se pelos maciços calcários do centro e sul – comum na Serra da Arrábida.

Usos: a sua abundante floração amarela tem vindo a despertar um certo interesse, daí a sua cultura e uso como arbusto ornamental em parques públicos e jardins particulares.

Madeira sem utilização conhecida.

 

as pascoinhas e a família Fabaceae

As vagens (lomentos) das pascoinhas são tóxicas, todavia, revelam-se muito úteis em farmacologia, delas se extraem drogas que tonificam o coração, tendo também características purgantes e diuréticas.

Quanto à origem do nome, provavelmente que é devido à época de inflorescência, que acontece um pouco antes ou por altura da Páscoa, exibindo farta floração dourada.

As flores deste arbusto, perfumadas, são também muito melíferas, atraindo numerosos insectos.

Para além das pascoinhas, existem mais meia dúzia de outras “coronillas” que fazem parte da família FABACEAE, que é uma das maiores famílias botânicas com cerca de 20.000 espécies, também conhecida por “Leguminosas”.

A família Fabaceae possui uma ampla distribuição geográfica e uma das suas características é o de apresentar o fruto chamado legume ou vagem, cujo valor económico é dos mais importantes na alimentação humana. Como exemplo, temos a ervilha, o feijão, o grão-de-bico, a soja…

 

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