Geranium maderense – Gerânio-da-madeira

captítulo composto por numerosas flores, lava-pé, viomal – Cheirolophus sempervirens
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Gerânio-da-madeira, Pássaras

Gerânio-da-madeira – ABREVIADO

Planta endémica da ilha da Madeira, as pássaras ou gerânio-da-madeira, é o maior dos gerânios e é excepcionalmente ornamental, devido à sua magnífica floração e às suas folhas luxuriantes. Um autêntico deleite para os amantes de exotismo!

Pode atingir 1,2 a 1,5 m de altura; originalmente vive no subcoberto da Laurissilva, em zonas húmidas e sombrias de média altitude. Pouco rústico, teme as temperaturas baixas. Possui caule curto e folhas profundamente recortadas de um belo verde brilhante. Após um a três, ou quatro anos de desenvolvimento, apresenta na maturidade, uma espectacular cimeira rosada, vaporosa e florida, constituída por até 300 flores rosa-magenta.

O peso deste enorme ramalhete é suportado pelo caule e amparado pelos talos das folhas murchas que secam e arqueiam, apoiando-se no solo; dando assim à planta a forma original de uma ampulheta. Depois da floração liberta as sementes e morre. O ciclo repete-se no seu meio natural ou num jardim dando origem a novas plantas.

 

 

Família: GERANIACEAE

Nome científico: Geranium maderense Yeo

Publicação: 1969

Grupo: folhosa perene

Nomes vernáculos: gerânio-da-madeira, pássaras

Hábito: o gerânio-da-madeira é um subarbusto herbáceo, perene ou monocárpico (planta que floresce e frutifica uma só vez), robusta, com um caule simples até 50 cm de altura, algo lenhoso e espesso; o conjunto, pode chegar a 1,2 m ou mais de altura e até 1,8 m de largura aquando da floração. Folhas verde-brilhante maioritariamente aglomeradas no topo do caule. Inflorescência grande e ramificada; flores rosa-magenta.

 

Folhas: folhas dispostas em roseta, principalmente aglomeradas no topo do caule, até 60 cm de comprimento por 45 cm de largura; glabras, brilhantes, verde-claro na face superior; palmatipartidas, com 5 lóbulos, segmentos irregulares; longos pecíolos castanho-avermelhados, viscosos, pubescentes, até 60 cm, que recurvam na idade de modo a amparar o caule, bases contíguas e inchadas. Estípulas até 12 mm, firmes aos caules, ligeiramente pubescentes, margens levemente ciliadas quando jovens.

Flores: grande inflorescência, aberta e ramificada; pedúnculos densamente revestidos de pêlos glandular-pubescentes, com cerca de 30-180 cm de largura; composta por flores hermafroditas de 3-4 cm de diâmetro, 5 sépalas, 10 estames e 5 pétalas de 13-18 mm, redondas a subtruncadas no ápice; rosa-magenta, percorridas por veios mais claros; sendo o centro da flor magenta e rosa-claro em direcção do exterior das mesmas; filamentos 8-10 mm de comprimentos; anteras vermelhas. Pedúnculos 5-15 cm; pedicelo 1-14 cm; sépalas 8-10 mm; bico de 22 a 26 mm.

A floração vai de Março a Dezembro, com maior intensidade de Março a Junho.

Frutos: os frutos são prolongados por um longo bico, desarticulando na maturidade, de onde expulsa as sementes.

Frutifica a partir de 2 anos.

 

Habitat: desenvolve-se nas ravinas, encostas e patamares, sob a sombra da vegetação circundante; preferência por solos húmidos com boa drenagem, neutros ou ligeiramente ácidos. Tem um fraco enraizamento e a estabilidade da planta é obtida com o apoio dos pecíolos recurvados no chão.

Vegeta geralmente em altitudes de 700 a 1000 m. Tem pouca resistência aos ventos fortes e às geadas, pois gela a – 4 °/- 5 °C e morre.

Propagação: principalmente por semente. Normalmente apresenta um ciclo de vida bienal, tendo uma longevidade entre 2 e 4 anos. Cerca de 95% dos pés morre depois de florir.

 

Distribuição geográfica: endémica da ilha da Madeira, onde é raríssima no meio natural, sob o coberto da Laurissilva em zonas húmidas e sombrias, entre 700 e 1000 m de altitude. Localizada em pequenos núcleos nas montanhas do centro, norte e sobretudo na vertente nordeste da ilha.

Actualmente podemos encontrar esta planta nas zonas de clima atlântico europeu, sem frios intensos e geadas frequentes, como a Bretanha e o sul da Inglaterra. Aparentemente as condições edafoclimáticas destas regiões convêm ao gerânio-da-madeira, onde se reproduz naturalmente sem intervenção humana.

 

Usos: é uma planta que os europeus descobriram recentemente. Deve ser plantada de preferência na semi-sombra; sob a ramagem de uma árvore, isolada ou agrupadas num canteiro. A sua generosa floração encanta a vista e alegra qualquer jardim, por pequeno que seja.

Fraca resistência ao frio, especialmente quando cultivada em vasos ou em solos mal drenados que permanecem muito húmidos durante o Inverno. Nas zonas mais frias, morre por volta de – 4 °C, enquanto as partes aéreas são atingidas a partir de – 2 °C. O gerâneao-da-madeira é fácil de semear, sobretudo nas regiões de clima suave. 

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O gerânio-da-madeira, é uma planta protegida

Planta endémica da Madeira, em perigo crítico no estado natural. Está protegida por legislação portuguesa ou da Comunidade Europeia, nomeadamente pelo Anexo II (espécie prioritária) e IV da Directiva Habitats e pelo Anexo I da Convenção sobre a Vida Selvagem e os Habitats Naturais na Europa.

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As fotografias de gerânio-da-madeira ou pássaras apresentadas, foram todas tiradas no Jardim Botânico da Madeira (Funchal), no Jardim Exótico & Botânico de Roscoff e no Jardim Geoges Delaselle na ilha de Batz (ambos situados na Bretanha, França – a pouca distância um do outro).

Colocámos algumas fotografias da variedade Geranium maderenseGuernsey Whiteque como podem ver tem flor branca com o centro magenta.

 

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