Quercus robur – Carvalho-alvarinho, Carvalho-roble
16 Abril 2016Ruscus aculeatus – Gilbardeira
17 Abril 2016Carrasco-arbóreo - Carrasco-da-arrábida
Família: FAGACEAE
Nome científico: Quercus rivasmartinezii (J.H. Capelo & J.C. Costa) J. H. Capelo & J. C. Costa
Publicação: 2005
Grupo: folhosa perene
Nomes vernáculos: carrasco-arbóreo, carrasco-da-arrábida, carrasco-de-rivas-martínez
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Hábito: árvore perenifólia e monóica com porte até 17 m, tem copa arredondada ou ovóide; folhas rígidas, oblongas-lanceoladas, margem inteira ou dentada, verde intenso; raminhos acastanhados; fuste único, erecto, não-ramificado até cerca de 7-8 m nos indivíduos adultos, ritidoma cinzento-acastanhado-escuro, densamente gretado em placas.
Folhas: simples, alternas, oblongas ou obovadas, frequentemente de margem inteira, ou mais ou menos dentado-espinescentes com 7 a 11 pares de nervuras secundárias divaricadas; coriáceas, margens onduladas, verde-brilhantes e totalmente glabras em ambas as páginas.
Flores: espécie monóica, as flores masculinas formam amentilhos curtos, pendentes e amarelos e as femininas solitárias ou reunidas por 2-3 nas axilas das folhas.
Frutos: frutifica no Outono, glande fusiforme-oblonga, estreitamente ovada ou estreitamente obovada com 1,9-3,4 cm de comprimento por 0,9-1,3 cm de largura; cúpula hemisférica com escamas, distais, curtas triangular-lanceoladas, ligeiramente acuminadas e mais ou menos imbricadas na metade inferior mas compridas, entre 1,8 a 3,3 mm, retroflexo patentes e longamente acuminadas na metade superior, no extremo de um curto pedúnculo rijo e lenhoso.
Frutifica desde…
Gomos: pequenos e acastanhados.
Ritidoma: duro, grosso cinzento-acastanhado-escuro, densamente escamoso-gretado em pequenas placas algo quadrangulares nos indivíduos adultos.
Habitat: indiferente ao substrato é mais frequente em solos calcários, tem preferência por climas suaves com humidade atmosférica; associa-se ao carvalho-português em solos calcários, arenosos ou xistosos, com alguma fertilidade.
Suporta até – …°C
Vegeta até cerca dos 600 m de altitude.
Vive cerca de … anos.
Propagação: por semente, estaca e renova bem pelo cepo.
Distribuição geográfica: endemismo português.
Em Portugal: espécie endémica do território continental, ocorrendo na faixa costeira atlântica que vai do Pinhal de Leiria até Sines (Parte da Beira Litoral, Estremadura e Alentejo), onde se associa ao carvalho-português (Quercus faginea subsp. brotoroi). Existem populações significativas nas Serras da Arrábida e de Sintra; pontualmente na Serra de Grândola e ainda em diversos núcleos da Beira Litoral: Mata Nacional de Leiria e de São Pedro de Moel.
Usos: provável uso antigo para carvão, na Serra da Arrábida.
o carrasco-da-arrábida, um endemismo português
Esta valiosa quercínea, (valiosa porque rara, além de ser um endemismo português), só em 2005 é que foi reconhecida como espécie autónoma, pelas autoridades botânicas mundiais competentes. Até então, era considerada como uma subespécie de carrasco. Teve vários nomes botânicos, um deles foi Quercus coccifera L. subsp. Rivasmartinezii, que passou desde 2005 a ser um sinónimo, isto porque a espécie tem doravante nome botânico próprio, ou seja: Quercus rivasmartinezii – sendo os nomes em língua comum, carrasco-arbóreo, carrasco-da-arrábida e, em homenagem ao seu inventor, o botânico espanhol Salvador Rivas Martínez, dêem-lhe também o nome de “carrasco-de-rivas-martínez”.
o carrasco-arbóreo na mata municipal do Bombarral
As fotografias do carrasco-arbóreo aqui apresentadas foram feitas na Mata Municipal do Bombarral, onde é possível ver alguns indivíduos desta espécie. As placas ainda indicam «Quercus coccifera L.», no entanto um elemento fácil de reconhecimento é a casca, pois contrariamente ao carrasco que pode possuir vários caules, com casca lisa e cinzenta, o carrasco-arbóreo (Quercus rivasmartinezii), possui um elegante fuste único e casca finamente rugosa em placas quase quadrangulares.